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Comerciantes serão homenageados em São Vicente

A celebração ao Dia do Comerciante, comemorado oficialmente em 16 de julho, estendeu-se São Vicente. Em 26 de agosto, a Associação Comercial de da cidade realizará uma série de eventos a fim de prestigiar empresários do município.

Logo pela manhã, será feita a inauguração de ruas na Área Continental homenageando comerciantes já falecidos. O tributo será para João Santa Rosa, da Paulistana Lãs e Linhas; Agostinho Gameiro Malho, da loja Sonho Azul; Edemar Marques de Almeida, do Bunnys Hotel; e Herculano Francisco, da Casa de Carnes 1º de Maio.

Na mesma noite, durante evento na entidade, outros três comerciantes serão premiados com a estatueta Visconde de Mauá: Natair Napoleão Ferreira, da Degustti; Valter Pereira Santana, da Dikas Modas; e Walter Raimundo, do Colégio Integração.

Regina do Carmo, presidente da ACIESV, explica a escolha do personagem histórico na estatueta: “Visconde de Mauá foi considerado pela história o maior empresário que o Brasil já teve. Foi, também, um grande impulsionador da indústria brasileira, além de banqueiro e político. Ele esteve à frente das principais iniciativas a favor do progresso material no segundo reinado. Diante desse histórico, nada mais justo do que homenagear nossos empresários remetendo-os à sua história”.

“Se fiz história na cidade, foi porque pude contar com uma equipe comprometida”, disse Natair

Natair Napoleão Ferreira, da Degustti, diz que receber esta estatueta será  muito gratificante. Sua história comercial em São Vicente somam quase quatro décadas. “Há 39 anos abri a Massas Giana. Em 80, abri a segunda loja exatamente onde hoje funciona a Degustti. Seis anos depois, abri a Doceria Danielli. Em 1992, montei o restaurante Danielli. A Degustti foi inaugurada em 2001; em 2006 abrimos o Torre Grill e, finalmente, em 2009, o Torre Praia”, lembra o empresário.

Além desses empreendimentos, Natair ainda abriu restaurantes e churrascarias em outras cidades da Baixada, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Seu espírito empreendedor não o deixa parar. “Minha vontade é continuar fazendo mais. Tenho muitos planos, inclusive de melhorar o que já tenho. Mas entendo que não é o momento”.

Um dos maiores orgulhos do empresário foi de ter criado a “comida por quilo” e ter servido de inspiração para outros restaurantes. “Antes, os restaurantes chamavam de self service na balança. Esta mudança popularizou a comercialização das refeições prontas com auto serviço”.

Mas até o termo cair no gosto popular, Natair amargou dias de incerteza. “Os primeiros 15 dias foram assustadores. O restaurante vivia vazio. Então espalhei faixas pela cidade e deu certo. O restaurante, que tinha 38 lugares, começou a receber 700 pessoas por dia”, revela.

Ele ainda afirma que se fez história na cidade foi porque se dedicou ao sonho e pode contar com uma equipe comprometida, que batalhou ao seu lado e se tornou família. “Agradeço à minha família e aos meus funcionários. Aqueles que estão comigo hoje e aos que um dia já estiveram. Também sou grato aos seus familiares. Sem eles, eu não teria chegado até aqui”, finalizou.

Valter afirma que esse prêmio aumenta a responsabilidade do comerciante

Valter Pereira Santana, da Dikas Modas, se viu surpreso com a notícia de que receberia a estatueta Visconde de Mauá. Isto porque já sentia-se satisfeito por ter recebido o título de Cidadão Vicentino, pela Câmara dos Vereadores; além de Calunga e Comerciante do Ano, pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). “Eu já me sentia realizado com estes títulos, não pensaria que ainda receberia mais um”, disse o comerciante.

Segundo Valter, esses prêmios aumentam a responsabilidade do comerciante. “A gente vê que, de alguma forma, é diferenciado. Percebe que as pessoas estão nos vendo e, com isso, nasce a auto cobrança de desempenhar um trabalho ainda melhor”.

Com outras duas lojas em Praia Grande e o depósito na Náutica, Valter afirma que é um empresário pé no chão. Em suas lojas, tudo passa por ele. “Sou eu que compro cada produto, precifico e cuido de cada detalhe. Cuido de cada detalhe. Até a recente reforma que fiz numa das lojas, comandei pessoalmente. Com isso, tenho total controle dos meus negócios, o que me permite, inclusive, investir em algo novo”, revela.

Valter está montando uma loja virtual especializada em brancos e planeja, em breve, montar a segunda Dikas Modas na cidade, desta vez na Área Continental. “Tenho um prédio no Jardim Rio Branco, assim que terminar a sua locação, abro  loja nele”, adianta.

Valter afirma que só está indo na contramão da crise porque batalha muito para manter o que já tem e utiliza diversas estratégias para não ter prejuízo. Se não encontro as peças que os clientes procuram, mando produzir. Também levo a loja aos bairros, fazendo promoções em entidades e escolas, além da tradicional queima de estoque que realizo anualmente no depósito durante o aniversário da loja. É uma luta, mas estamos nela”.




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