Amanhã, 25 de Novembro, é o Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres. Para marcar a data, o Projeto Cinderela – que nesta semana recebeu o registro de Organização não-governamental e agora será conhecido como ONG Hella, irá realizar uma roda de conversa aberta à população no Emissário Submarino, em Santos.

O objetivo é orientar a população sobre os tipos de abusos que as mulheres passam e mostrar que há formas de prevenir e enfrentar estas violências. “Nosso meta é articular diálogos e ações, a fim de fomentar estratégias de combate à violência. Esta será nossa primeira atividade como Hella e a terceira desde que o grupo foi criado, ainda como Projeto Cinderela, em julho deste ano”, explicou a advogada Thaís Perico, responsável pelo jurídico da ONG.

Segundo ela, o grupo planeja iniciar 2018 realizando uma ação mensal, rodando as cidades da Baixada Santista com palestras e rodas de conversas. “Precisamos abrir espaço para que as mulheres possam falar, tirar suas dúvidas e saberem que não estão sozinhas. Estamos aqui para lutar com elas e por elas”, afirmou a advogada.

Dados – O Brasil é tem a quinta maior taxa de feminicídio do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de assassinatos chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. O Mapa da Violência de 2015 aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram por sua condição de ser mulher. As mulheres negras são ainda mais violentadas. Apenas entre 2003 e 2013, houve aumento de 54% no registro de mortes, passando de 1.864 para 2.875 nesse período. Muitas vezes, são os próprios familiares (50,3%) ou parceiros/ex-parceiros (33,2%) os que cometem os assassinatos.

“Esses números são alarmantes e reais. A violência acontece, em maior grau, dentro das próprias casas e muitas mulheres não denunciam. Isso precisa mudar. Batalhamos para mudar esse cenário”.

A ONG Hella está nas redes sociais ainda como Projeto Cinderela 013.